OS PRINCIPIOS DA CARTA DE ATENAS (1933)
Esboço de Corbusier - Sol - Espaço - Natureza
O conceito de Urbanismo tornou-se essencial devido ao importante fenómeno do crescimento da população urbana, paralelamente ao êxodo das populações dos campos para a cidade, devido ao crescimento da indústria. Novas formas de civilização tiveram de ser criadas, a ideia de presente e de futuro, em contraste ao modelo anteriormente usado de cidade comercial e industrial, onde se trabalhava e comercializava, sem refletir sobre a vida, na sua organização social e ambiental.
Algumas destas preocupações tiveram o seu início nos começos de 1800, se bem que de um modo lento houve uma reação da parte de alguns industriais que procuraram corrigir os males que a sua classe tinha causado. Foi o caso de Robert Owen (1771-1858), Galês de nascença e industrial na área da fiação, que em 1816 esboçou uma cidade de tipo coletivo, semi-rural, que combinava a atividade industrial com a agricultura. Alguns outros idealistas o seguiram e no ano de 1850 as primeiras realizações de Urbanismo Moderno surgiram, os primórdios do conceito de cidade-jardim e cidade-satélite. Mas efetivamente, a primeira cidade-jardim foi construída em 1904, Welwyn foi projetada sob as ideias de Ebenezer Howard que já as havia publicado em 1898, onde vigoravam normas de habitabilidade: baixas densidades populacionais, introdução de vegetação em espaços abertos de uso público, utilização preferencial da vivenda unifamiliar com jardim próprio. Infelizmente a implementação destas ideias defendidas por Howard, na maior parte dos casos não eram mantidas de modo a funcionarem, e o seu uso dava apenas origem a qualquer tipo de subúrbio ou conjunto de vivendas mais ou menos ajardinado.
Com o tempo, muitas das experiências feitas tentaram melhorar alguns aspetos estruturais da ideia, incluir nos seus parâmetros novas evoluções da sociedade, como os automóveis, novos modelos de arquitetura em busca de funcionalismo, que por sua vez tinham de ser pensados e adaptados em novos modelos sociais. A “Broadacre City” de Frank Lloyd Wright em 1933, o conceito de “habitat” de Walter Gropius em 1927, a “cidade-radiante” de Corbusier em 1930, foram essências para novas conclusões sobre o Urbanismo.
Por volta de 1933 surgiu um documento, a Carta de Atenas, fruto da reunião do Congresso Internacional de Arquitetura Moderna (CIAM) que analisava a cidade e os seus problemas, expondo sucintamente os grandes princípios que deveriam respeitar o urbanismo para atingir as funções essenciais ao homem: habitar, trabalhar, circular e recrear-se. Esses princípios apareceram em versão de Le Corbusier publicada em 1943, e foi com bases nela que o bairro dos Olivais começou a ganhar forma.
Algumas destas preocupações tiveram o seu início nos começos de 1800, se bem que de um modo lento houve uma reação da parte de alguns industriais que procuraram corrigir os males que a sua classe tinha causado. Foi o caso de Robert Owen (1771-1858), Galês de nascença e industrial na área da fiação, que em 1816 esboçou uma cidade de tipo coletivo, semi-rural, que combinava a atividade industrial com a agricultura. Alguns outros idealistas o seguiram e no ano de 1850 as primeiras realizações de Urbanismo Moderno surgiram, os primórdios do conceito de cidade-jardim e cidade-satélite. Mas efetivamente, a primeira cidade-jardim foi construída em 1904, Welwyn foi projetada sob as ideias de Ebenezer Howard que já as havia publicado em 1898, onde vigoravam normas de habitabilidade: baixas densidades populacionais, introdução de vegetação em espaços abertos de uso público, utilização preferencial da vivenda unifamiliar com jardim próprio. Infelizmente a implementação destas ideias defendidas por Howard, na maior parte dos casos não eram mantidas de modo a funcionarem, e o seu uso dava apenas origem a qualquer tipo de subúrbio ou conjunto de vivendas mais ou menos ajardinado.
Com o tempo, muitas das experiências feitas tentaram melhorar alguns aspetos estruturais da ideia, incluir nos seus parâmetros novas evoluções da sociedade, como os automóveis, novos modelos de arquitetura em busca de funcionalismo, que por sua vez tinham de ser pensados e adaptados em novos modelos sociais. A “Broadacre City” de Frank Lloyd Wright em 1933, o conceito de “habitat” de Walter Gropius em 1927, a “cidade-radiante” de Corbusier em 1930, foram essências para novas conclusões sobre o Urbanismo.
Por volta de 1933 surgiu um documento, a Carta de Atenas, fruto da reunião do Congresso Internacional de Arquitetura Moderna (CIAM) que analisava a cidade e os seus problemas, expondo sucintamente os grandes princípios que deveriam respeitar o urbanismo para atingir as funções essenciais ao homem: habitar, trabalhar, circular e recrear-se. Esses princípios apareceram em versão de Le Corbusier publicada em 1943, e foi com bases nela que o bairro dos Olivais começou a ganhar forma.